Pedi à mamãe Fabiana, minha alma gêmea-irmã-amiga de vida eterna, para contar um pouco da sua história de mamãe de coração pra gente. Ela como sempre une as palavras em uma sintonia perfeita, leiam, vale muito a pena!
***
Ok, parece clichê dizer que um filho muda a vida gente. Mas
é uma verdade que não se pode negar. Mas a partir de quando isso acontece? No
meu caso, quando comecei a desejar ser mãe.
A gente fica imaginando como será, faz milhões de planos, e
vai esperando a gravidez acontecer. E
quando ela demora, ou não acontece, a gente começa a se questionar se vamos
viver mesmo essa experiência. É uma fase desafiadora para qualquer casal –
atire a primeira injeção de hormônio quem disser que passou por tratamentos sem
fim com a mesma leveza de quem vai à praia! Frustração, desânimo, tristeza. Sentimentos que tomam o
lugar daquela expectativa boa do início. E o tempo passa, passa, passa...
No meu caminho, que foi o mesmo de tantas mulheres que
enfrentam o desejo da maternidade, a opção da adoção não era a primeira
escolha. Mas também nunca foi um tabu. O fato é que essa foi a escolha natural
quando nós descobrimos que queríamos mais um filho do que uma barriga, e
portanto não importava de onde ele viesse. O importante é que viesse para os
nossos braços.
Fizemos o caminho legal, preenchendo os papéis da Vara de
Infância e entrando na fila do Cadastro Nacional de Adoção. Uma observação
importante é que a gente tem uma noção equivocada da adoção – muito em função
do que a mídia noticia e dá destaque – e as coisas são bem mais simples do que
se imagina. Voltando ao assunto, entramos na fila em março de 2009. Começava aí
uma outra espera que nós chamamos, carinhosamente, de “gravidez da adoção”.
Meu filho chegou para mim no dia 22 de dezembro do mesmo
ano, exatos 9 meses depois de entrarmos no Cadastro. Tinha 19 dias, lindo,
lindo, lindo! A alegria de receber a ligação da Assistente Social dizendo que
havia um bebê me esperando foi a mesma – e arrisco dizer, até maior – que aquela
que eu senti quando peguei meu primeiro resultado positivo de gravidez.
Meu primeiro filho é a criança que me fez mãe e me deixou
pronta para adotar mais dois – gêmeos dessa vez – em janeiro de 2012. Pois é,
tenho três pequenos homenzinhos aos meus cuidados, que preenchem os espaços da
minha alma com risos, bracinhos esticados pedindo colo, ofertas de carinhos
pela manhã, gargalhadas sem fim quando brincamos de esconder e abraços
inigualáveis quando chego em casa (mesmo que tenha saído apenas por cinco minutinhos
para ir à portaria entregar uma coisa qualquer).
Um filho muda a vida da gente. Três filhos mudam a gente por
inteiro! Quem tem, sabe. Quem ainda espera sua vez, guarde essa certeza no seu
coração. E abrace essa missão como o projeto mais lindo da sua vida! Afinal,
temos o trabalho mais difícil do mundo.
E também, o melhor!
Beijos!
Fabiana
***
Como eu admiro a Fabiana e o Klaus não por esse gesto isolado, mas pelas pessoas lindas, sensatas e maravilhosas que são. Para mim, um exemplo perfeito do que é o amor sem interesse, o amor mais puro que pode existir na vida.
Lu,
ResponderExcluirque lindo! Obrigada, amiga, pelo carinho e amor tão dedicados. Temos lutas muito semelhantes na área da maternidade e Deus fez milagres diversos em nós, provando que Sua força e poder são maiores que as adversidades que vislumbramos à nossa frente. Basta ter fé. E isso, ainda bem e graças a Ele, nós temos.
Amo você!
Beijos