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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Depoimento: valeu a pena ter colocado minha filha tão cedo na escola?

PARA AS MAMÃES QUE QUISEREM A RESPOSTA, LEIAM MEU DEPOIMENTO ATÉ O FINAL


O ano termina e a gente começa a fazer um apanhado de tudo que passou... No balanço de mamãe eu posso concluir que foi um ano cheio de desafios e de muitas recompensas também. Tem muita mamãe que me pergunta a respeito da minha decisão de ter colocado Letícia tão cedo na escola. "Vale a pena? Você aconselharia? Qual o saldo você teve?", para responder a estas e às dúvidas das mamães, resolvi escrever aqui, neste espaço de trocas, assim fica mais fácil expor meus pensamentos.

Quando resolvi colocar Letícia na escola, ela era ainda muito bebezinha. A decisão surgiu, porque uma amiga de trabalho do meu marido - que tinha uma bebê também - contou que deixava sua filha numa escolinha lá na Pracinha São Paulo. Até, então, eu ainda não tinha ouvido falar sobre a Espaço Arte e resolvi ir lá para conhecer. Letícia tinha seis meses, era dezembro, exatos um ano atrás. Toquei o interfone, com Letícia no colo, e fui conversar com a Rita. Procurei primeiro saber se elas aceitariam minha filha tão pequenininha por lá e conhecer como é que funcionava a escola.

 

Desde então a Escola não tinha nenhuma turminha de bebezinhos ainda, era só um projeto que se concretizaria se tivessem alunos pra isso. Lembro como se fosse hoje! A resposta da Rita foi essa: se formamos uma turminha vamos aceitar sim, estamos preparando toda a estrutura para isso... Eu fui logo falar para todas as mamães que eu conhecia, mas só eu mesma levei a vontade adiante. No início, as mães se empolgavam, mas depois achavam cedo demais. Normal! Confesso que até fiquei balançada e me questionei, muitas e muitas vezes, se tomei a decisão certa. Mas, eu precisava que Letícia ficasse com outra pessoa que não apenas eu. Desde que ela nasceu, ficávamos o tempo toda juntas e eu não conseguia tempo pra mim, pra fazer minhas coisas (JÁ FALEI SOBRE ISSO EM OUTRO POST, LEIA)... era maravilhoso estar com ela, mas precisávamos dividir nosso tempo com outras tarefas. Quando chegou fevereiro de 2013, lá fomos nós... A turminha da tia Mila era apenas cinco, seis (não lembro bem) e de bebezinhas apenas Letícia  e sua priminha Helena (João Júnior e Natália): as  aluninhas mais novas da Escola. 



Fiquei uma semana com Letícia lá para ela se adaptar. De início, logo me simpatizei com a tia Mila! O carinho dela com as crianças, a paciência e a experiência me deixaram tranquila. Segunda, terça, quarta, quinta, sexta... Eu não podia levantar que Letícia chorava muito! Se ameaçasse a sair os olhos dela vidrados em mim, desesperada pedia meu colo. Lá vai a mamãe aqui desanimar de novo. Sinceramente, eu achei que não ia dar certo, que Letícia não ficaria de jeito nenhum! Segunda semana, vamos lá! Prazo limite, precisava mesmo ter certeza pra desistir. Já tinha conversado com o meu marido que se eu precisasse ficar na escola mais tempo que íamos voltar atrás e dar outro jeito. A escolinha ia ficar para segundo plano. Foi então que eu crente que ficaria lá mais a semana (querendo e ao mesmo tempo não querendo ficar) que a tia Mila disse (lembro direitinho!!!): "Mãe, hoje vamos fazer diferente. Letícia já conhece o espaço, já teve contato com a gente. Você vai embora, resolver suas coisas e deixa ela aqui pra gente cuidar. Ela vai chorar! Ela é muito apegada a você, é normal. Mas, ela vai chorar e eu vou estar aqui. Ela precisa saber que na sua ausência eu vou estar aqui para acalentá-la! Se precisar eu te ligo". 


Confiei nas palavras da tia Mila e fui pra casa com o coração doendo. Lembro que fiquei com o celular ao meu lado esperando a ligação da escola. Chorei muito aquele dia, acho que mais que Letícia, de verdade. Foi uma situação extremamente necessária e importante, mas estranha ao mesmo tempo... Não fiz nada naquela tarde, fiquei totalmente perdida, esperando o horário de buscá-la. Nossa! Ufa, etapa vencida.


Aos poucos, e com a orientação da tia Mila, o carinho de todas as professoras, Letícia foi se acostumando devagar. Passou por todos os processos normais. Durante meses, eu saia escondida e quando ela por acaso percebia que eu ia embora chorava, mas parava logo, logo quando se distraia. Eu nem chegava a andar dez passos para perceber que já estava ambientada e não chorava mais... Os meses passaram e Letícia foi se adaptando até chegar o dia em que quando eu ia buscá-la, ela chorava porque não queria ir embora pra casa. É mole? Nos últimos meses ela já estava me dando beijinho de adeus e dando tchauzinho "tchau, mamãe", despedindo-se de mim. Que progresso...

Letícia adora as professoras, os coleguinhas e a turminha que, no início era pequena aos poucos foi crescendo. E, como sempre, ... como a tia Mila dá conta de tudo. O suporte da tia Dayana, da tia Myriam foram muito importantes em cada etapa, em cada fase de adaptação e carinho. Eu deixava Letícia lá tranquila, certa de que estava em boas mãos. Entregava meu bem mais precioso, o maior tesouro da minha vida de olhos fechados... E foi assim durante todo este ano. Muito bom conversar com as mamães e saber delas que nós - eu e Leticia - fomos um incentivo para encorajá-las a levar seus filhos à escola também. Fomos exemplos bons!


Valeu a pena? Eu respondo: Muito! Não nos arrependemos nem um pouco de ter apresentado Letícia tão novinha ao universo da educação. Sim... fomos responsáveis por incentivá-la e permitir que a sociabilização e o convívio com outras crianças, o saber, o conhecimento, a inteligência fossem estimulados de forma tão saudável. Letícia é uma menina super "pra frente" como costumo brincar, querida, extrovertida. E muito dessa personalidade eu devo às professoras que conduziram muito bem esse primeiro ano de vida da minha boneca. Agradeço, de todo o coração, todo esse apoio, todo incentivo que só me passaram coisas boas. Foi muito bom dividir com vocês meus anseios de mãe de primeira viagem, aprender como educar, aprender a me virar em situações diversas e a saber que sempre podia contar com cada professora, com a família Espaço Arte. Obrigada!  Muito obrigada tia Mila Trota. Você é um ser humano iluminado. Que Deus possa retribuir em dobro tanto carinho com minha Letícia. Tenho certeza, absoluta, de que ela vai sentir sua falta e de que sempre que puder vai passar na sua sala pra dar aquele beijinho doce.







Para as mamães meu conselho é: não tenham medo de mostrar aos filhos as coisas boas a qualquer tempo da vida. Não podemos nunca fazer comparações! O mais importante é você se sentir segura e confiar na escola, na professora e acreditar que a decisão é para o bem. Não quero ser a dona da verdade e respeito, com sinceridade, as opiniões contrárias a essa. Cada um é cada um.. Faça o que seu coração mandar... sempre! Não existem regras. O mais importante é fazer nossos filhos felizes.

2 comentários:

  1. Ludmila
    Ficamos muito felizes e ao mesmo tempo emocionadas com o seu depoimento, pois mostra que trabalhar com educação vale a pena, e com os pequeninos então, nem se fala! São também para nós um tesouro muito precioso, onde colocamos muito amor no que fazemos na Espaço Arte.
    Obrigada pelo reconhecimento!
    Rita, Viviane e toda a equipe

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  2. Também passei pela mesma situação, porém o meu filhote já estava com 11 meses. Na verdade quem sofre mais com a separação somos nós...rsrsrsrs. Acredito que quanto mais cedo melhor a adaptação. Na época sofri bastante, chorei muito...e ele nem aí, super feliz na escolinha. Sem contar os benefícios como a socialização, o convívio com outras crianças, o desenvolvimento. Também super indico :)

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